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PALAVRA EM MOVIMENTO
Caixa Cultural Recife, Recife, 2018
Caixa Cultural Fortaleza, Fortaleza, 2017
Museu de Arte de Santa Catarina - MASC, Florianópolis, 2017
Centro Cultural Correios, Curitiba, 2016
Centro Cultural Correios, São Paulo 2015
Caixa Cultural Salvador, Salvador, 2015
Museu dos Correios, Brasília, 2015

A exposição “Palavra em Movimento”, que marca três décadas de produção visual de Arnaldo Antunes. Toda a poesia do multiartista brasileiro emerge em meios técnicos diversos, trabalhando a palavra irrompida em suas dimensões verbais, sonoras e visuais. A abertura ocorre na quinta-feira (16), às 19h, com acesso gratuito.

Com obra e processo criativo marcados pelo vanguardismo, a mostra propõe uma síntese dessa trajetória eclética, enfatizando a produção de Antunes no âmbito do circuito das artes visuais contemporâneas. A exposição é um passeio pelas três dimensões – verbal, vocal e visual – da obra artística de Antunes. Reúne, em recorte cronológico, caligrafias, colagens, instalações e objetos poéticos realizados em toda sua carreira artística.

Com a curadoria de Daniel Rangel, que foi Diretor de Museus da Secretaria de Cultura da Bahia entre 2008 e 2011, a exposição, em circulação desde 2016, já passou por cidades como São Paulo, Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro, Florianópolis e Salvador. Segundo Daniel, a maneira integrada de criar de Arnaldo Antunes é inspirada na poesia concreta e remete à expressão joyceana “verbivocovisual”, que sintetiza a proposta, colocada em prática nos anos 1950 pelos concretistas brasileiros, dos novos modos de se fazer poesia, visando a uma “arte geral da palavra”.

“Seja esta falada, escrita, desenhada, fotografada, filmada, construída ou cantada, sua obra estrutura-se a partir da palavra. Um dinamismo que caracteriza seu trabalho, aliado ao não pertencimento a um local ou gêneros específicos. Um mensageiro-viajante, cidadão do mundo, que manipula a linguagem como poucos”, afirma Rangel.

Os objetos e instalações poéticas, juntamente com adesivos, banners e letreiros criados para a mostra, buscam no universo do readymade novas formas de retirar a poesia do papel. Poemas podem virar esculturas, objetos comuns com forma ou uso subvertidos, ou peças que propõem uma interatividade e participação direta do público.

A série Caligrafias reúne um pequeno recorte das monotipias realizadas com tinta de carimbo (entre 1998 e 2003), nas quais Arnaldo pintava seus poemas espremendo os tubos de pigmento diretamente sobre o papel de gravura. Oráculo, realizada entre 1981 e 1982, é a série mais antiga incluída nesta mostra, sendo aqui apresentada de forma parcial. É um conjunto de colagens com rasgos manuais sobre pequenos papéis cartonados com sobreposições de imagens, letras, fontes e palavras recortadas de revistas, jornais e outros impressos da época.

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