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CÉREBRO SEXO
Galeria Portinari, Fundación Centro de Estudos Brasileiros, Buenos Aires, Argentina, 2002

A caligrafia, arte do desenho manual das letras e palavras, vem sendo usada como elemento expressivo por Arnaldo Antunes desde o começo da década de 80. Seu primeiro livro (“Ou E”, edição do autor, 1981) era todo caligráfico, movido pela idéia de uma “entonação gráfica”, isto é, buscando nos traços e curvas da escritura manual, correspondências visuais dos recursos entoativos da voz.

 

Desde então, Arnaldo dá prosseguimento a essas pesquisas, entre outras formas de poesia visual, em exposições, livros, cartazes, revistas e outros meios.

 

A série de monotipias que compõem a exposição  “CÉREBRO SEXO” foi, em parte, desenvolvida em 1998, quando Arnaldo e Walter Silveira realizaram a exposição "Handmade, Ideogramas, Caligramas e etc.”, no Espaço de Arte Ybakatu, em Curitiba, Paraná. O restante ele fez especialmente em 2002 para esta exposição, na Fundación Centro de Estudos Brasileiros, em Buenos Aires.

 

Os trabalhos foram realizados com tinta de carimbo (preta, vermelha, azul e verde) sobre papel de gravura (no formato de 0,78 m por 1,06 m). Usando os próprios tubos de tinta como pincel, a largura do traço dependia da pressão exercida sobre eles no instante/gesto da escrita/desenho.

 

Aqui as cores, o comprimento e espessura das linhas, a curvatura, a disposição espacial, a velocidade, o ângulo de inclinação dos traços da escrita, geram sugestões de sentidos que ampliam as possibilidades de significação dos poemas.

 

Para ver lendo, ler vendo, ao mesmo tempo.

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